domingo, 12 de fevereiro de 2012
quitutes da alma
( à você...)
Vou falar nesse instante sobre o gozo
que me habita nessa hora,
dos quadrados que emolduraram
meus pensares enquanto vou em centelhas
as cavidades tuas,
aos roseirais que estão em seu ventre,
aos roseirais além do meu ventre,
do ventre das ostras,
do ventre da pérola,
do ventre comum a todos os seres
Eu tigre, você onça cobertas de manchas douradas,
coberta de leite e luz,
nossas explosões solares,
nossos braços de luas pingando
espalhados sobre os nossos próprios braços
Você ai perto das terras de Monteiro Lobato,
eu nos caminhos de Paulinho da Viola e Cartola,
você nos rincões de minas, eu nos meandros da cidade
do Carnaval supremo dos Moleques de Debret
Logo ali, está o mar,
e todo o pensamento dos que moram nele,
nos casulos dos mariscos,
nos magos olhos salgados dos peixes
que nascem no limo
e se transmutam para os altares de Aldebarã,
para as comportas das águas de orion
Perdido no céu,
absoluto no céu, teu filho,
teu homem à preparar o café
e os quitutes da alma
(edu planchêz)
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