quarta-feira, 18 de abril de 2012
dois dias sem te ter
Manhã de quarta-feira,
dois dias sem te ter, dois dias de vazio, buraco negro,
solidão de flor sem pássaro,
ninho sem ovos, cálice louco por vinho
Aonde você está, aonde estou?
Na cor âmbar da nossa juventude,
num país onde não há vermelhos tapetes
para você passar?
Dois dias sem te ver, dois passos sem chão,
olhos boiando na gelatina da noite,
o negro coração mergulhado numa jarra
cheia de vagalumes
Se eu grito teu nome,
é porque fiquei sem dormir e o sol está nascendo,
e minha vida pequena sente tua falta,
sente o vácuo do teu não...
Toda a riqueza do fundo dos mares,
nem mesmo as sedas da grande rainha,
os sapatos de Cinderela,
não são mais nobres que os cristais teus
( edu planchêz)
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário