quarta-feira, 18 de abril de 2012

Três dias sem te ver



Três dias sem te ver,
um gato que corre por entre os charcos,

chapéu sem cabeça,
trovão sem faísca elétrica,

um homem louco que não sabe mais tocar sax,
violão sem cordas,
luas pequenas emergidas no porão

Três dias sem tuas mãos,
um bilhão de anos sem carnaval,

e a chuva que não para...
nenhum vento...
barcos estacionados nas falhas do mar


Três dias que não oro,
três dias e três noites...

que não ergo castelos de ouro em pó,
não sei para que lado olho,
para que seta aponto meus cabelos...

( edu planchêz)

Nenhum comentário:

Postar um comentário